domingo, 22 de janeiro de 2012

Andrea Matarazzo e os 80 bilhões de dívida da CESP


Não contente em matar a si próprio Serra quer matar os amigos de empreitada. Na sequência de sua desistência do páreo para decidir quem será o candidato do PSDB `as eleições municipais em São Paulo, o ex-governador anuncia que seu apoiado na disputa  é Andrea Matarazzo.

Além de socialite que historicamente passa o chapéu entre os seus nas campanhas eleitorais tucanas, Andrea é parceiro de Serra desde quando esse o nomeou presidente na companhia energética de São Paulo, a CESP, a fim de que levasse adiante o processo de privatização da empresa e o auxiliasse na alavancagem financeira do embate que teria com Lula da Silva em 2002.

Essa é apenas uma das rumorosas etapas da carreira do polêmico sobrinho em segundo grau do conde Matarazzo, antes que passasse pela prefeitura e mais recentemente pela secretaria de cultura. Também a de maiores consequências financeiras.

Isso porque foi lá que Matarazzo mostrou para os bambam do partido sua agressividade como executor de diretrizes, levando a cabo o desmonte da empresa ao preço de uma dívida assumida pelos cofres do estado de mais de 80 bilhões de dólares, em valores atualizados.

A divida da privatizada CESP é hoje a de maior valor no conjunto dos compromissos que São Paulo tem com credores privados, a ponto de constituir a principal  problema de outro dos candidatos `a prefeitura pelo mesmo partido, José Aníbal, a frente da Secretaria de Energia, dado seu significado para as contas públicas.

Para que a empresa pudesse ser privatizada, leve como uma pluma uma vez despida de seus passivos, Andrea manteve com o tesouro todos os valores devidos a terceiros em razão de desapropriações.

Nessas desapropriações é que residiam o verdadeiro pulo do gato do esforço arrecadatório empreendido por Andrea a favor dos que o nomearam: o lago, o lago de Porto primavera, a maior barragem do centro-sul do país.

Mediante laudos de avaliação expedidos pela área de meio ambiente da empresa, eram demarcadas as cotas (altura) dos terrenos que seriam alcançadas pelas águas da barragem, cuja superfície  jamais chegaria a ser inundada. E o valor de cada hectare desapropriado pago a preço de bom pasto de invernada.

Foi uma verdadeira festa de ações indenizatórias, disputada com  o maior gosto pelos maiores fazendeiros da região, que deixaram como resultado esses 80 bilhões de dólares que o secretario José Aníbal, no começo de sua gestão, foi a um programa de televisão lastimar.


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